Boa parte
do mundo hoje está vivendo uma grande correria por conta das compras de Natal. As
lojas estão repletas de pessoas escolhendo os presentes para os seus familiares; os
supermercados estão abarrotados de gente preocupa em encher seus carrinhos; e as
ruas estão difíceis de transitar.
Toda essa
festa tem como finalidade comemorar, de forma distorcida, o nascimento de Jesus. Mas, será que Ele
está feliz com toda essa comemoração? Afinal de contas, onde Ele se encaixa
nessa euforia toda? É importante pensarmos sobre isso nesse momento, afinal de
contas, parece que as pessoas se esqueceram da pessoa central da festa.
Estão todos
falando em ganhar e receber presentes, na ceia de natal repleta de iguarias,
preocupados em como agradar ao parente, amigo ou conhecido, mas ninguém está
preocupado com a vontade do Senhor.
O mais
triste é que a pessoa mais importante da festa passou a ser um velho, barbudo,
robusto, com um grande saco de presentes vermelho e um trenó puxado por algumas
renas.
Outra coisa
que chama a nossa atenção nesse dia é a festa. As mesas, como já dissemos,
ficam superlotadas de alimentos, a maior parte será jogado fora, no dia
seguinte, ou ficará guardado na geladeira, escondido lá no canto, até estragar.
Isso sem
contar o consumismo. As pessoas fazem dívidas absurdas, que consumirão uma boa
parcela da sua renda durante meses do ano seguinte. Tudo isso justificado pelo “nascimento
do Messias”.
Mas, será
que Ele realmente está preocupado com todas essas coisas, ou elas foram criadas
apenas para satisfazer o nosso desejo egoísta do homem? Estamos agradando o seu
coração?
Desculpe
a sinceridade, mas essa data parece mais um momento de manifestarmos a nossa hipocrisia,
disfarçada através de uma festa, que tem como tema principal alguém que nunca
se preocupou com essas coisas.
Basta olhar
a indiferença das pessoas, com suas sacolas cheias de presentes e comidas,
quando elas passam perto de um necessitado e nem notam a sua presença. Aliás,
você deu bom dia ao menos favorecido hoje quando passou por ele?
Quantos
desses presentes foram comprados para abençoar a vida de uma criança jogada na
calçada, ao lado da sua casa? Quando fez suas compras pensando em um orfanato; ou
asilo; ou qualquer outra instituição de caridade?
Nosso objetivo
aqui não é julgar ninguém, até porque, estamos fazendo essa reflexão antes do
prezado leitor. É muito fácil lembrar-se daqueles a quem consideramos, difícil
é se preocupar com aqueles que não vemos.
Nossa indiferença
tem sido marcante, pois temos a oportunidade de escolher entre estender a mão, mas
escolhemos recolhê-la. Poderíamos ajudar ao próximo, mas estamos preocupados
demais em comprar aquilo que satisfaz o nosso ego.
Permita-me
terminar essa reflexão com um trecho dos evangelhos que transcreve um dos
ensinamentos do Mestre aos seus discípulos, para que possamos pensar juntos
sobre nossa indiferença.
"Então
o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham, benditos de meu Pai!
Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo.
Pois eu
tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui
estrangeiro, e vocês me acolheram;
necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de
mim; estive preso, e vocês me visitaram’.
"Então
os justos lhe responderão: ‘Senhor, quando te vimos com fome e te demos de
comer, ou com sede e te demos de beber?
Quando te vimos como estrangeiro e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te
vestimos? Quando te vimos enfermo ou preso e fomos te visitar?’
"O
Rei responderá: ‘Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a algum dos meus
menores irmãos, a mim o fizeram’. (Mateus 25:34-40).