A humanidade vive insatisfeita com tudo. Diariamente homens, mulheres, jovens, adultos, ricos ou pobres reclamam do porque não terem conseguido alcançar determinado objetivo. Essa tal insatisfação vai de uma pequena falta de atenção por parte de alguém, até os projetos mais complexos.
Para os insatisfeitos, quanto mais eles tem mais querem, e quando chegam a conquistar aquilo que tinham colocado como objetivo perdem toda alegria por pensar que poderiam ter conseguido algo melhor.
Em determinados momentos essa insatisfação não é ruim, ela é capaz de levar a pessoa a crescer, expandir seus conhecimentos e projetar novos objetivos. O problema é quando a insatisfação ultrapassa a linha do normal e começa a se transformar em ingratidão.
Muitas pessoas, em nome da realização dos projetos acabam se esquecendo de valores e pessoas fundamentais para sua sobrevivência e crescimento. Elas perdem os valores em nome do desejo de melhorar, de alcançar novos patamares, novas conquistas.
Alguns, acabam se deixando levar por erros primordiais que podem levar a pessoa a decadência e solidão. Nesse momento a mentira, o egoísmo, a inveja, a frieza e várias outras atitudes e sentimentos começam a fazer parte do seu modo de viver impedindo que a pessoa enxergue que está trilhando um caminho de plena destruição.
Outro ponto importante é que a insatisfação faz com que o indivíduo perca os relacionamentos que normalmente são fundamentais para a sua sobrevivência e seu crescimento, além de abrir uma brecha para que entre em um estado de solidão profunda.
O primeiro relacionamento a ser rompido é aquele que a pessoa mantinha com Deus. Em muitos casos a insatisfação leva o homem a pensar que Deus não está mais com ele, que o Senhor não atende mais suas orações, quando na verdade é a própria pessoa que está se afastando do Eterno gradativamente.
O segundo relacionamento a ser desfeito é o da família. Ao seguir os desejos de querer melhorar, conquistar, romper, algumas pessoas acabam virando as costas para as pessoas que realmente estão dispostas a lhe fazer crescer de forma madura e eficaz. Perder a visão da importância que tem o seio familiar é caminhar rumo ao fracasso.
A insatisfação, quando levada ao extremo, faz a pessoa perder a noção de valores, quebrar princípios e ser ingrato com aqueles que realmente poderiam fazer-lhe crescer. A ingratidão é o resultado da insatisfação deliberada, sem freio, e que já se tornou egoísta.
É claro que existe uma insatisfação natural no ser humano, àquela que o leva a melhorar, que gera desejos de crescimento, que faz a pessoa pensar em atingir novos objetivos, que tira o ser humano da inércia. Mas não é dessa insatisfação que estamos falando, mas sim daquela doentia, sega e que denigre a imagem destruindo relacionamentos e levando a queda.
É necessário que se tome cuidado com a insatisfação desenfreada, egoísta, que denigre alma humana e faz com que a pessoa perca a noção de valores.
Um bom exemplo de insatisfação motivada por sentimentos de nobreza é a de Gideão, sua história se encontra no livro de Juízes e mostra um homem completamente insatisfeito com a miséria, escravidão e humilhação que ele, sua família e toda sua comunidade estavam vivendo.
Em seu coração havia um desejo de mudança, de transformação que pudesse mudar a história do seu povo, e motivado por esse desejo se rendeu ao chamado do Senhor para lutar por libertação.
Nessa história é possível encontrar a insatisfação sadia, que luta não apenas por seus próprios interesses e que é completamente limpa de todo orgulho, soberba e autoafirmação. Um projeto que tinha como objetivo mudar a história, mas que não fez o homem perder a noção de princípios que lhe haviam sido passados.
Portanto, não basta estar insatisfeito, mas saber se esse sentimento tem as motivações certas ou se ele é fruto do egoísmo da alma humana que busca seus próprios interesses e é capaz de passar por cima de tudo e de todos para alcançá-los.
A insatisfação pode ter raízes muito mais profundas e geralmente está relacionada a emoções como a frustração, a mágoa ou uma autoconfiança frágil. Como diz Elisabeth Cavalcante, conseguir dimensionar de modo realista aquilo que nos aborrece e distinguir o que é, de fato, significativo, é uma qualidade essencial para nos libertarmos da insatisfação e não permitir que ela se torne uma doença crônica.
ResponderExcluirTremendo Irmão...
ResponderExcluirTenho gostado demais de suas postagens.. em breve gostaria de usar essa em meu blog, se assim permitir.
Te convido a me fazer uma visita e quem sabe até me seguir.
http://jaquebalbys.blogspot.com/
Um Abraço!!!
Jaque
Obrigado Jaqueline, quando quiser é só avisar, sem problemas.
ResponderExcluirDan, concordo com você, o grande problema é que a maioria das pessoas não entende seus próprios sentimentos e vivem de forma superficial, pois nunca foram incentivadas a fazer uma auto análise.
ResponderExcluirObrigado Juanito...
ResponderExcluirMas pensando sobre o assunto, ou seja, de fazer a cópia, eu pensei que seria muito mais original deixar a postagem acessível em meu blog, pois não sou muito a favor de fazer cópias, sendo assim adicionei um gadget dos blogs que mais gosto e o seu foi incluido lá.
Aguardo sua visita no meu blog!!!
Fica na Paz!!!
Jaque
A insatisfação é boa mas deve ser usada com moderação a calma é ainda o melhor veiculo para o sucesso.
ResponderExcluirExiste, porém uma insatisfação que é positiva. Aquela que o homem de Deus sente por está fazendo tão pouco num período de vida que passa e quase não sentimos. Por isso, penso que a insatisfação é um sentimento negativo, mas pode abrir caminho para a realização da vontade de Deus. No caso de se fazer discípulos, se percebe o quão distante estamos do que seria satisfatório.
ResponderExcluirCom certeza, e é justamente sobre ela que pretendo falar qualquer dia.
ResponderExcluir