A humanidade
tem vivido uma era de avanços tecnológicos surpreendentes. Todos os dias saem
novos lançamentos de aparelhos melhores, a maioria deles com a
finalidade de integrar as pessoas, facilitar a comunicação e “aproximá-las”.
Porém,
por mais incrível que possa parecer, toda essa evolução tem causado mais
distanciamento do que unidade. As pessoas não têm mais o prazer de conviver umas com as outras, vivem trancadas em seu mundinho medíocre, sem se dar conta de que existem outros a sua volta.
Parece que
o calor humano, os olhos nos olhos, o aperto de mão e o abraço de um amigo
ficou em segundo plano. Toda essa evolução tem criado indivíduos frios,
robotizados e indiferentes.
Ao contrário
do que possa parecer, não somos contra os avanços tecnológicos, pelo contrário,
eles são uma benção para humanidade, trazendo grandes benefícios. Porém, os
seres humanos têm a tendência de transformar as bênçãos recebidas em maldição.
Basta olhar
atentamente para os relacionamentos afetivos e perceberemos que essa mudança
vem causando alguns problemas. Hoje, as pessoas estão divididas dentro da
própria casa, cada uma distraída com seu próprio aparelho, seja celular,
notebook, IPAD, etc.
Elas estão
juntas, pois compartilham o mesmo ambiente, mas separadas tecnologicamente como
se estivessem a quilômetros de distâncias. É a tecnologia encurtando as
distâncias entre países, mas distanciando as famílias.
Quer
ver a prova do que estou dizendo? Uma pessoa está na sala, atualizando seu
perfil em alguma rede social, quando se lembra do recado que precisa dar para o
pai. Prontamente ele envia uma mensagem dizendo que fulano do escritório ligou.
O mais
triste dessa história é que seu pai está a dois metros de distância, bastava
olhar e dizer qual era o recado, mas ele preferiu perder o laço afetivo e
enviar uma mensagem. São atitudes como está, sem contar outras piores, que
estão tomando conta do nosso dia a dia.
Precisamos
rever os nossos conceitos, reformular nossas prioridades, deixar de lado a
indiferença causada por tanto avanço tecnológico e reinventar a arte do
relacionamento. É preciso reaprender a conversar, a valorizar a presença do
outro, a encurtar a distância criada por nós mesmos.
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