O país vive momentos de
apreensão em sua conturbada política. Em meio a discussões sobre a impugnação
da presidente, onde muitos são favoráveis outros são contra; gritos de: “Isso é
golpe!” e a resposta: “Impeachment já!”, está a população, sofrendo por causa
da crise econômica.
Em cada esquina do Brasil os
comentários são sempre os mesmos: “Políticos são todos iguais, tudo ladrão, uma
cambada de corruptos!!”. Estas, e muitas outras, frases tem nos levado a
refletir sobre a questão da corrupção em nosso país.
Será que a premissa está
certa? Realmente são todos ladrões, ou apenas uma parcela dos políticos?
Afirmar, categoricamente, que todos são corruptos é, no mínimo, uma injustiça
com as pessoas sérias espalhadas por todo o território nacional que nunca se
venderam e continuam fazendo um excelente trabalho e honrando os votos
recebidos.
Além disso, se todos são
corruptos, a população é sempre cúmplice. Afinal, eles estão lá por escolha
popular, pelo voto direto, pelo livre direito constitucional de exercermos a
democracia. Nenhum político é eleito sem o consentimento dos eleitores.
E, talvez o pior, só há
corruptos se houver o corruptores. Os mesmos que reclamam da corrupção são
aqueles que vendem o seu voto durante as campanhas eleitorais; que se corrompem
furando a fila do banco; dão um jeitinho na consulta médica; estacionam em
local proibido só porque é rapidinho e se vendem por meia dúzia de tijolos.
Enquanto a corrupção estiver
escondida no estilo de vida do brasileiro, disfarçada de jeitinho brasileiro,
ficará difícil combater o problema. Não são apenas os políticos que precisam
mudar, a nação necessita, urgentemente, de uma transformação.
Gostemos ou não, mas o
laureado jeitinho brasileiro não passa de corrupção disfarçada. Nada mais é do
que uma maneira de colocar as necessidades pessoais em primeiro lugar e as da
sociedade em segundo plano.
Diante de todo esse cenário,
torna-se indispensável a mudança de mente, o assumir de uma nova postura e a
consciência de que não adianta atacar a corrupção do outro enquanto o jeitinho
brasileiro for uma prática comum em toda sociedade brasileira. Infelizmente, um
alimenta o outro.
“Hipócrita, tira primeiro a
trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.” (Mateus 7.
5).
Pense sobre isto!
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