Falar sobre perdão ainda é
uma das coisas mais difíceis da humanidade, visto que não somos preparados e
trabalhados para abrir mão de determinadas coisas. Pelo contrário, desde
pequenos somos doutrinados a revidar, seja em palavras ou atitudes, as ofensas
que sofremos.
Somado a doutrina recebida
desde a infância, ainda temos alguns fatores intrínsecos, como o temperamento e
a personalidade. Ambos compõem quem somos e estão relacionados, diretamente, a
maneira como se recebe e reage a determinadas situações.
E o que isto tem haver com
perdão? Tudo! Pois, nesta dinâmica pessoal alguns são mais tendenciosos a
manifestar o orgulho e pendem a decidir perdoar com menos frequência que os
demais; outros nunca se deixarão levar pelo perdão; outros perdoarão e se
sentirão perdoados sem que o outro nem saiba e tem ainda aqueles que perdoarão
com facilidade.
Contudo, o que precisa ficar
bem claro é que a maneira como lidamos com o perdão não muda a necessidade que
temos de perdoar. Vamos além, ela não nos isenta de manifestar o perdão. Quanto
mais conscientes nos tornamos das ofensas sofridas, mais obrigados a perdoar
nos tornamos.
Outro fator interessante é
que não devemos esperar sentir o desejo de perdoar. Até porque, isto nunca irá
acontecer. Afinal, a tendência humana é permanecer guardando a ofensa,
prendendo o outro em uma dívida eterna.
Então, por que perdoamos?
Porque é necessário!
É necessário para o nosso
bem estar; é necessário para o bem estar do nosso relacionamento; é necessário
para restauração das emoções; é necessário para nossa salvação. Isso mesmo,
nossa salvação depende do nosso desprendimento em liberar os outros das dívidas
emocionais que eles possuem conosco.
Segundo Jesus, o perdão divino
também é condicional ao perdão humano. Se somos pessoas desprendidas e vivemos
de maneira que o perdão é um estilo de vida, então estamos na rota do perdão
divino. Contudo, se mesmo conhecendo a Palavra, não decidimos perdoar aqueles
que nos ofenderam, também não haverá perdão para nós.
“E perdoa-nos as nossas
dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;” (Mateus 6:12).
Pode até parecer dura esta
Palavra, mas só podemos dizer que conhecemos a Deus se sabemos lidar com as
pessoas a nossa volta. Querendo ou não, é condicional.
“Se alguém diz: Eu amo a
Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual
viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (1 João 4:20).
Pense sobre isto!
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