Periodicamente, a sociedade
passa por mudanças significativas no que diz respeito às relações
interpessoais. Até certo ponto isso é algo natural, visto que a maneira dos
filhos olharem o mundo é bem diferente da visão dos pais. Essa metamorfose
geracional possui benefícios extraordinários, assim como pode apresentar também
problemas sérios.
Algumas das grandes mudanças
dessa nova geração para a anterior é a forma como ambas veem o mundo, como se
relacionam e seu aversão a hierarquia. Embora alguns estudiosos digam ser uma
geração desobediente, opositora das hierarquias, essa não é a verdadeira face
dessa nova geração.
É verdade que possuem
dificuldade em receber ordens, mas esquecemos de observar os fatos que
produziram o caráter desses indivíduos. Consensualmente, está geração foi
criada sozinha, sem uma referência hierárquica. Afinal, diferente de outras
gerações, papai e mamãe tiveram que trabalhar bem cedo, deixando-os aos
cuidados de parentes, amigos ou instituições educacionais ou jogada a própria
sorte. Ou seja, sem uma referência de
autoridade.
Por esse motivo, possuem
dificuldade de obedecer ordens, e têm horror a hierarquia vertical, porém
sentem-se seguros em estruturas organizacionais horizontais. O problema é que
na vida real das instituições, na grande maioria dos casos, salvo aquelas
empresas criadas com tal mentalidade, todas são compostas pela divisão
hierárquica vertical.
O problema se agrava quando
falamos da igreja. Afinal, elas veem os superiores como “ameaças” a sua
“liberdade”. É como se pastores e líderes estivessem ali para subjugá-los e
roubar os seus direitos. Diante desse conflito, é preciso cautela. A melhor
maneira de comunicar com a atual geração é através do diálogo, produzindo
confiança.
Infelizmente, a maioria dos
líderes não foram treinados e, muito menos, se preparam para administrar tais
conflitos geracionais. Aliás, é mais fácil o liderado de rebelde e averso a
autoridade do que reconhecer que precisam se atualizar para falar uma linguagem
que a nova geração entenda.
Falta, em grande parte das
empresas e dos líderes, preparo. Ter autoridade não é apenas mandar, mas
exercer sua função com sabedoria, conquistando a confiança dos seus liderados e
inspirando-os a segui-lo. A propósito, se observarmos a vida de um dos maiores
líderes que já existiu, liderança não é apenas dizer o que se deve fazer, mas
ensinar através do exemplo, inspirando as pessoas a fazerem o mesmo.
Vivemos diante de uma
geração rebelde ou precisamos nos preparar melhor? Eis a questão!
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