Segundo relatos Bíblicos, Saul estava reunido com seu exército, às vésperas de uma guerra contra os filisteus, enquanto aguardavam ao profeta Samuel, pois este oferecia sacrifícios ao Senhor e os abençoaria a fim de partirem para guerra contra o inimigo.
Passados sete dias, como Samuel demorara a chegar, o próprio rei Saul decidiu sacrificar os animais e partir para a guerra sem a bênção e autorização do profeta.
Logo após o rei oferecer o sacrifício, o profeta chega, percebendo o ocorrido, reprova a Saul. Vejamos as palavras de Samuel a Saul após o seu pecado:
"Então disse Samuel: Que fizeste? Disse Saul: Porquanto via que o povo se espalhava de mim, e tu não vinhas nos dias aprazados, e os filisteus já se tinham ajuntado em Micmás,Eu disse: Agora descerão os filisteus sobre mim a Gilgal, e ainda à face do Senhor não orei; e constrangi-me, e ofereci holocausto. Então disse Samuel a Saul: Procedeste nesciamente, e não guardaste o mandamento que o Senhor teu Deus te ordenou; porque agora o Senhor teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre; Porém agora não subsistirá o teu reino; já tem buscado o Senhor para si um homem segundo o seu coração, e já lhe tem ordenado o Senhor, que seja capitão sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o Senhor te ordenou" (1 Samuel 13:11-14).
Palavras pesadas ditas a um governante que tinha tudo para ser um dos maiores homens da história de Israel. Isso porque, Saul começou muito bem o seu reinado.
Segundo os relatos dos capítulos anteriores, aquele homem começou seu ministério respeitando a rota traçada pelo Senhor. Todas as palavras ditas pelo Eterno, através da boca do profeta Samuel, ele obedecera.
Mas um dia com medo da reação do povo em relação à demora de Samuel, ele tomou uma rota diferente daquela desenhada pelo Senhor.
Todo pecado de insubordinação constitui a quebra de um princípio, e aponta para a rebelião. Quando o rei decidiu fazer o que não era da sua alçada, saiu do trajeto estabelecido por Deus e atraiu maldição sobre seu ministério.
Você pode passar a vida inteira caminhando dentro da rota, mas se em algum minuto se desviar, e não se arrepender, acabará atraindo maldição para sua vida.
É interessante como Saul, na tentativa de ser aceito pelo povo, cumpriu uma tarefa que não era sua. Muitas pessoas em nosso meio vêm perdendo a unção ministerial por tomar as mesmas atitudes. Elas fazem aquilo que não foram chamadas para fazer.
Aos olhos do Senhor, essa atitude é uma declaração de independência, um grito por "liberdade". É uma forma de desprezar a vontade de Deus e estabelecer uma nova rota.
Pense sobre isso!
(Trecho retirado do meu livro: "O Dom Ministerial: entre a unção do chamado e a legitimação")
Nenhum comentário:
Postar um comentário