Um dos episódios mais
famosos da vida de Jesus foi a tentação no deserto. Diversos autores,
pregadores, palestrantes, leigos e teólogos já comentaram sobre o assunto e
fizeram suas ponderações. No entanto, hoje pela manhã, enquanto lia o texto,
fiquei impressionado como ele aponta diretamente para a humanidade do
Messias.
Agora, mais importante do
que a tentação, foi a atitude do Mestre em relação ao seu tentador. Diferente de
nós, em momento algum Ele ponderou brincar com o pecado; em hipótese alguma ele
titubeou diante das investidas do inimigo; Ele não deu margem para o erro. Provavelmente,
Paulo pensava sobre isso quando escreveu aos efésios dizendo: “Não deis lugar
ao diabo.” (Efésios 4. 27).
Infelizmente, em quase 101%
das vezes em que caímos, independente de qual seja o erro, nós agimos completamente diferente
de Jesus. Ao invés de resistir, brincamos com o erro, agimos como se ele fosse
um objeto de estimação.
Isso me faz lembrar um gato
brincando com o rato. Num primeiro momento, o ratinho fica até feliz, pois o
gato o encurrala em um canto e o deixa fugir para o outro; dá umas pequenas
patadas só para derrubá-lo e finge que o deixará partir. Porém, quando o rato
menos espera o felino deixa de lado a docilidade e o abocanha, findando sua
breve existência na terra.
Essa cena se repete todos os
dias com o ser humano, com uma diferença, o gatinho é um pouco mais feroz e tem o
poder de não apenas matar, mas levar a uma destruição eterna. Assim como o
gato, o inimigo de nossas almas não está brincando, está apenas se divertindo.
Nessa luta, é preciso tomar
as mesmas atitudes de Jesus: fidelidade ao Pai, zelo pela palavra e firmeza em
seu propósito. Somente dessa forma poderemos vencer as investidas do inimigo
para nos fazer desviar do propósito.