Quem nunca viu um urubu
sobrevoando áreas perto de sua casa? Estas aves de rapina se alimentam,
basicamente, de animais em putrefação, frutas em estado de decomposição e,
quando não encontram as duas primeiras, de pequenos animais como lagartixas,
ratos e sapos.
No sentido figurado são
pessoas que vivem da desgraça alheia; que se aproveitam de situações de
calamidade para conseguir algum benefício próprio; que vivem agourando e
azarando os outros para tirar proveito da situação.
É justamente neste sentido
figurado que gostaria de falar e utilizar o tão famoso urubu, visto que estamos
vivendo um momento difícil e de extrema sensibilidade. Basta um pequeno olhar e
veremos os abutres sobrevoando a nossa nação. Todos com um único objetivo: o
benefício próprio.
Nesse cenário quase
apocalíptico temos “urubus” políticos (da esquerda e da direita); emissoras;
youtubers; profissionais liberais; gente da alta e “gente comum”, todos
querendo um espaço ao sol das suas próprias prioridades. São pessoas que se
alimentam da desgraça alheia, da miséria e da simplicidade de muitos para
satisfazer suas próprias necessidades.
Todos os profissionais ou
pessoas são “urubus”? Claro que não! Então, quem são os “urubus”?
Urubus são aqueles que só
criticam, acusam e denigrem, mas nunca mostram uma solução. São indivíduos que
se colocam na posição de super-salvadores, mas que não salvam a ninguém e nem
apresentam soluções que possam salvar. São acusadores que defendem ideais
pessoais, visando lucro, posição, sucesso e realização individual, sem contar
outros benefícios que vem junto. São inflamadores da multidão que colocam o “pau
para quebrar” e depois saem de perto para que não respingue neles. São indivíduos
que se aproveitam de situações de calamidade para apontar o dedo, porém sem mostrar
a saída. São aqueles que amam ver o circo pegar fogo, mas não movem um dedo
para apagar o incêndio e ainda criticam os que aparecem com um baldinho d´água
para tentar apagar.
Os urubus estão em toda
parte. Nesse momento de caos temos visto milhares deles: políticos, líderes
religiosos, jornalistas, apresentadores, vendedores, diaristas... Enfim,
centenas de pessoas de posição, cargos e trabalhos diferentes, todos tirando
uma casquinha do momento de desgraça para beneficiar-se.
Vemos isto nos comentários
jornalísticos daqueles que ficam horas falando da posição “a” ou “b”; nos
políticos de situação e oposição; no comerciante se aproveitando do desespero e
aumentando de forma absurda o álcool, o alimento, produtos de primeira
necessidade; nos críticos da internet que só querem mais um seguidor. Estes são
apenas alguns exemplos, é possível que você identifique muitos outros.
Então, o que fazer? Não perder
o senso crítico, avaliar quem e o que está falando, buscar coerência entre
discurso e vida, procurar saber o se a pessoa está falando e apresentando
soluções efetivas ou apenas arrebentando com pessoas e insuflando o caos.
A verdade é que, neste
momento, somos todos responsáveis. Sendo assim, todos possuem o dever agir
buscando solucionar o problema, ao invés de ficar agredindo e atacando os
outros.
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