Estes dias recebi a imagem que estampa esta matéria e pensei: “Tem tudo haver com companheirismo”. Afinal, ele só pode existir a partir do momento em que duas ou mais pessoas escolhem se relacionar.
Confesso que em minhas divagações, ao olhar esta imagem, me perdi, justamente, na dinâmica dos relacionamentos hoje. Infelizmente, na maioria dos casos, o companheirismo já não faz mais parte da vida em sociedade. Parece que as relações interpessoais, a troca de olhares, o abraço apertado e um simples aperto de mão perderam o valor, o sentido de ser.
O que vemos são pessoas conectadas com o virtual, mas desconectadas no natural. Tudo agora tem sido feito através de uma mensagem de celular, já percebeu? Um amigo vai se casar, manda o convite pelo “zap”. É aniversário de alguém, manda mensagem pelo celular. Tem algum conhecido passando por um momento de dificuldade, manda um “emotion” que fica tudo certo.
Até aquele velho e bom companheirismo familiar ficou para trás. Antes, famílias reunidas era um sinal de festa, de alegria, de companheirismo. Hoje, estão todos a mesa com o celular na mão olhando suas PRÓPRIAS redes sócias. Antes, a avó gritava lá de longe: “O almoço está pronto!”, nesse momento começava a correria, gritaria, um querendo comer primeiro do que o outro, etc. Hoje, estão todos juntos a mesa e ninguém fala nada, quando alguém quer pedir o saleiro manda uma mensagem para o vizinho de cadeira: “Me passa o sal!”.
A tecnologia é, com certeza, uma benção. Mas, infelizmente estamos a transformando em uma maldição. Afinal, todo este aparato tecnológico tem sido o grande responsável pela iminente EXTINÇÃO do companheirismo.
Parece pessimista, mas se não atentarmos para as pessoas a nossa volta, a tendência é que as relações interpessoais se esfriem a tal ponto de esquecermos o valor quem tem um companheiro.
Que nossos relacionamentos sejam fervorosos, que realmente sejamos companheiros das pessoas a nossa volta.