Muito tem sido falado nos
últimos dias sobre paternidade na igreja. Normalmente levando para o lado
espiritual e, consequentemente, para o relacionamento com Deus Pai. Contudo,
não podemos ignorar a importância desse relacionamento para uma vida humana
saudável. Isso porque, quando Deus estabeleceu esse relacionamento, seu
objetivo era deixar para o homem um legado para gerações futuras, além de
tipificar o arquétipo de paternidade divina.
Dessa forma, quando falamos em
paternidade, estamos estabelecendo um padrão de relacionamento entre um adulto
e uma criança, com objetivo de moldar o coração e o caráter do infante, a fim
de que se torne um adulto consciente de suas tarefas, de seu comportamento e
relacionamentos.
O problema é que a queda
trouxe uma distorção em relação a essa tarefa deixada pelo Criador. Por causa
do pecado os pais foram, gradativamente, deixando de lado sua responsabilidade,
sobrecarregando a figura materna com inúmeras atividades familiares e tornando-se
meras figuras decorativas dentro do lar.
Entretanto, o propósito
inicial de Deus era que o homem assumisse seu papel de pai, acolhendo os seus
filhos em amor e ensinando-lhes através de suas palavras e exemplos de vida o
caminho correto para uma vida saudável e feliz.
Quando um pai deixa de
exercer essa tarefa com seus filhos, acaba causando inúmeros problemas
emocionais, familiares e sociais. Emocionais porque atinge a criança e seus
sentimentos. Familiares, pois causa desordem na estrutura familiar estabelecida
pelo Criador como modelo de segurança para o indivíduo e social, pois abandona
a tarefa de educar a criança para conviver em harmonia com os seus semelhantes. Como consequência são formados indivíduos egoístas, traumatizados e sem
referência paterna.
A paternidade é um legado
deixado de pai para filho. Mais do que apenas gerar, ela é uma missão delegada
por Deus para o indivíduo.
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