Continuamos esse mês com a
série “Princípios” na revista altares. Já abordamos os Princípios de fidelidade
e da autoridade. Nesse exemplar trataremos de elucidar a questão da submissão.
A princípio, o tema gera muito desconforto e discussão por parte de alguns por
não conhecerem o verdadeiro significado do termo. Isso tem gerado muita
confusão em nosso meio e impedido muitas pessoas de exercerem suas tarefas com
excelência.
Originalmente, o termo se
refere a um ato dócil e respeitoso de se colocar debaixo da autoridade de alguém.
É uma ação espontânea de reconhecimento, gerado a partir de um desejo ardente
de estar sob a cobertura de uma liderança e ajudá-la a cumprir uma missão.
Outro significado importante estava ligado à ordem militar e ao desejo extremo
de cumprimento de uma missão, onde a pessoa estaria uma posição abaixo da
outra, mas caminhando em um mesmo propósito.
Ao longo do tempo esse termo
foi sendo distorcido e pessoas mal intencionadas começaram a utilizá-lo para
alcançar benefício próprio. Um bom exemplo disso é a questão do casamento, onde
os maridos mais autoritários tratavam as esposas como escravas justificando o
fato de estar na Bíblia que elas deveriam ser submissas. Outro exemplo é a
palavra utilizada em meio às artes marciais, onde adota a conotação de
subjugar.
Contudo, se observarmos
atentamente o conceito bíblico para submissão, ela está mais ligada ao
significado original do termo, onde a pessoa decide se colocar debaixo da
autoridade de alguém espontaneamente, do que propriamente ao ato de subjugar
aqueles que estão sob sua autoridade. Submissão também aponta para o
reconhecimento da dependência de outrem. Por exemplo: os filhos em relação aos
seus pais devem ser dependentes (submissos).
Portanto, ser submisso está
muito além de ser dominado, como visto anteriormente, é colocar-se
espontaneamente debaixo da dependência de alguém, reconhecendo a sua autoridade
e desejando auxiliá-lo no cumprimento de sua missão.