A prodigalidade é conhecida
pela atitude desordenada como a pessoa gasta os seus recursos financeiros.
Normalmente, as pessoas pródigas gastam mais do que ganham, são descontroladas,
compram aquilo que não precisam e se deixam levar mais pelas emoções do que
pela razão.
Quando conversamos com estas
pessoas percebemos como não conseguem pensar nos prejuízos que a desordem
financeira traz para a sua vida pessoal, familiar e social. Geralmente, o
pródigo está tão iludido com a possibilidade de adquirir determinados produtos
que acaba deixando-se levar pelos impulsos.
Nessa jornada de
prodigalidade, na maioria dos casos, os valores pessoais são trocados e o que
realmente é importante acaba perdendo o seu valor para aquilo que é
irrelevante.
Vejamos, por exemplo, o caso
do filho pródigo na história contada por Jesus, ele estava com os seus valores
totalmente distorcidos, ao ponto de considerar mais importante os recursos
financeiros do que a família.
Podemos citar ainda a
incapacidade em administrar com sabedoria os seus bens. Frequentemente, os
envolvidos na prodigalidade não possuem a menor noção de como administrar
aquilo que possuem e acabam gastando com coisas desnecessárias, compram sem
olhar para a necessidade e não se preocupam em conferir o real valor dos
produtos.
Existe ainda um fator
determinante nesta questão: o emocional. Na maioria dos casos, os pródigos
possuem algum problema de ordem emocional que se transforma no gatilho para a
gastança. No fundo, não deixa de ser uma tentativa de ser aceito pelo grupo,
uma forma de demonstrar força e poder, de dizer que está tudo bem.
Lembro-me de atender um
cliente de coaching, que nunca conseguiu ter uma vida financeira saudável. Ele
era uma pessoa bem sucedida, com um trabalho estável, com um excelente salário,
casa própria, carro, mas falido. Tudo que ganhava gastava em farras, bagunça,
“amigos”, etc.
Ao investigarmos juntos os
motivos pelo qual ele agia desta forma a resposta pessoal foi surpreendente:
“Tenho medo de ficar sozinho! Está é uma maneira que encontrei de manter as
pessoas a minha volta!”.
Em outro cliente, a
prodigalidade era fruto de uma insegurança, todas as vezes que o cliente se
sentia desta forma, corria para as lojas. Era uma maneira de eliminar a insegurança,
pois comprar lhe dava a falsa sensação de poder.
Estes são apenas alguns
exemplos, existem muitos outros motivos pelos quais as pessoas acabam entrando
pelo caminho da prodigalidade. Contudo, esta não é uma sentença irrevogável na
vida de ninguém. É possível manter o equilíbrio e ter uma vida saudável nesta
área. A primeira coisa a fazer é assumir que tem o problema e decidir buscar a
ajuda para superar o problema.
Aliás, foi isto que o filho
pródigo, aquele da parábola de Jesus, fez: “Levantar-me-ei, e irei ter com meu
pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno de
ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.” (Lucas 15:18,19).
Em outras palavras ele estava clamando: “Pai, preciso da sua ajuda!”.
Pense sobre isto!
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